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A Socialização da Rede Social

Daniela Filipe Bento Daniela Filipe Bento Seguir 9 de dezembro de 2012 · 2 mins read
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Actualmente, derivado à quantidade de informação que disponibilizamos, um dos nossos grandes problemas é perceber qual o caminho que esses dados levam, para onde vão, onde chegam, onde residem e para onde nos levam a nós: enquanto indivíduos.

É claramente uma questão que é levada em consideração - positiva ou negativamente - por muitas empresas, esta informação é preciosa e ninguém a quer perder. Não querendo falar das empresas em si ou dos seus objectivos de mercado (isso seria outro artigo, talvez bem mais longo), o que gostaria de evidenciar é a socialização da rede social.

Social Network Graph Social Network Graph
(credit: http://www.fmsasg.com)

Existe um número incalculável de redes sociais, umas que trazem algumas funcionalidades, outras que trazem utilizadores de um determinado segmento. No entanto, também não se podem isolar. As pessoas vêem em cada uma a sua utilidade e procuram convergir todo o seu ambiente social online para um mesmo caminho. O seu grande objectivo é aumentar o contacto entre pessoas, permitir que qualquer distância se resuma a um click como, por exemplo, permitir que o nosso melhor amigo nunca deixe de estar em contacto connosco, mesmo que vá para muito longe. Ou, talvez, esse fosse o objectivo até há algum tempo atrás. Hoje em dia, penso que a rede social tornou-se no modo mais rápido de trocar qualquer tipo de informação, qualquer tipo de conteúdo, qualquer tipo de interacção (pessoal, profissional, criativa…).

Pessoalmente, procuro diversas redes sociais com públicos diferentes. Usar uma rede como o Facebook não é o mesmo que usar uma rede como o Google+ ou, até mesmo, o Twitter. Chego a pessoas diferentes, por vias distintas. Houve uma época em que tentava manter a mesma distribuição de informação pelas diversas redes (dentro daquilo que eu disponibilizo), mas percebi que não funcionava assim. Este efeito é contagiante, na medida em que acabamos a procurar redes diferentes para conseguir diversificar o público. Talvez o nosso objectivo final seja “chegar a todos”, literalmente.

No entanto, não deixo de achar que as redes sociais têm um perigo anexado e que vale a pena ser cauteloso de diversas maneiras. A nossa identidade é única e devemos defendermos em qualquer circunstância. Sendo um método tão rápido de propagação de informação, a rede social é uma faca de dois gumes. É sempre preciso ter em atenção ao futuro do que colocamos online e ter em conta que, a partir do momento em que carregamos no botão Enviar, a informação já não desaparece… é eterna.

Mantenham-se sociais, mas atenção!

Daniel Bento

Daniela Filipe Bento

Escrito por Daniela Filipe Bento Seguir

escreve sobre género, sexualidade, saúde mental e justiça social, activista anarco/transfeminista radical, engenheira de software e astrofísica e astronoma